Ativismo e Paz, 5 Votos


Lançámos a Gaia Risa o desafio de elencar, numa breve lista, essenciais votos de 'missão e serviço' em Ativismo e Paz. Chegam à cerimónia de abertura do EARTHfest'2020 numa mão cheia de força.

Votos de Missão e Serviço
em Ativismo e Paz

1. Direciona a tua ação para aquilo que mais te entusiasma;
2. Desenvolve a tua ação sempre pelo teu 'melhor possível';
3. Progride na tua ação até ao teu limite, até não 'poderes mais';
4. Nunca assumas ou tenhas expectativas sobre os resultados;
5. Mantém-te positivo para poderes beneficiar do que se manifeste, mesmo não sendo aquilo que prefiras.

Ainda que a lista seja breve, e os votos bastante universais, eles chegam acompanhados de algumas mensagens importantes para o momento que vivemos, em que 'ativismo e paz' se parecem querer conjugar numa estreita relação entre o 'dentro' e o 'fora', em que o 'dentro' compreende o 'fora'.


Fica no centro, escolhe com o quê e olha para dentro
A primeira, que surge muito no atual contexto da pandemia por Coronavírus, é: 'fica no olho da tempestade'. Que é como quem diz, fica no centro dos acontecimentos. No centro de ti mesm@. Sem subterfúgios, fugas, manobras de diversão ou perdas desnecessárias de energia. O teu foco é necessário. Para dentro (conhece-te a ti mesmo) e para fora (situa-te no 'multiverso').

A segunda tem a ver com escolhas e limites à responsabilidade. Enforma a ideia de que 'nós não podemos mudar aquilo que não estamos dispostos a ser responsáveis por possuir.' Bens materiais, estruturas/ projetos, informação/ conhecimento, dons, vidas e outras 'existências' - tudo isso podemos 'possuir', o que nos traz responsabilidades. Se rejeitamos essa relação, desconectamo-nos. Portanto, se queremos mudar algo, temos que assumir essa escolha, responsabilidade e relação.

De onde e, em primeiro lugar: Conhece-te a ti mesmo. Sê transparente, sê verdadeiro, alinha-te com as coisas que sabes serem boas para ti, certas para ti. O 'fora' surgirá, então, como um reflexo do 'dentro'. Ver a realidade física como um espelho vai-nos mostrar quem somos, com a energia (positiva ou negativa) que imprimimos às nossas ações e os significados (benignos ou malignos) que atribuímos às coisas que nos chegam 'de fora', ou seja, com que significamos essa realidade.


(Re)significa o teu 'real' e a tua 'mudança'
O ano de 2020 parece configurar um enclave especial entre o passado e o futuro, um tempo de excelência para parar o filme e ver para trás e para a frente. Fomos nós que o convocámos. A realidade física só está a espelhar o que já antes começou, de forma mais ou menos intencional/ consciente, dentro de nós. Fomos empurrados para um beco sem saída, para encontrar uma nova saída.

Estamos, portanto, a ser convidados a mudar; essas mudanças serão diferentes de pessoa para pessoa, trilharemos caminhos diferentes, reconhecendo símbolos e 'degraus de permissão' que estarão corretos para cada um de nós, no estado em que cada um se encontra. Daí a famosa expressão 'está tudo certo'.

E neste momento, que é de uma enorme co-responsabilidade pelo mundo (que nos outorgámos 'possuir'; que, de muitos modos, partilhamos), o mais genuíno e generoso a fazer é abrir. Abrir em verdade e transparência e trazer para a frente, para a luz, a nossa perspetiva do mundo, as nossas ideias e opiniões. Sem nos agarrarmos a nada (lá está). E sem esperar nenhum desfecho em concreto.

Porque nós não mudamos o mundo (a realidade em que nos encontramos); nós mudamos a nós mesmos, permitindo-nos transitar e aceder a uma outra versão do mundo (da realidade) que já existe e que é mais conforme às mudanças que operámos em nós mesmos.


Integra em ti o 'multiverso'
Assim, tempo e espaço (re)significam-se em ilusão, porque tudo existe em tudo ao mesmo tempo, nós só percepcionamos aquilo cuja vibração estamos sintonizados para 'apanhar'; conforme mudam as nossas ideias, crenças, valores e princípios - e ações - assim muda a nossa vibração e começamos a ver um mundo novo, literalmente.

Isto enforma as realidades paralelas do 'multiverso', em que nós experienciamos uma progressão por diferentes versões da Terra. As ideias de tempo e mudança surgem como efeitos secundários das nossas consciências, ativamente atravessando biliões de realidades paralelas (versões da Terra),  a cada segundo.

De uma perspetiva cósmica, o universo é diferente a cada segundo, o que nos dá uma oportunidade única de voltar ao zero e decidir o que vem a seguir. Seremos nós capazes de alinhar no enfiamento deste estreito portal e atravessar 'o olho da agulha'?


Perscruta o momentum
Há três aspetos essenciais a compreender e trabalhar nas atuais circunstâncias:

* É o momento de reconhecer um sistema de crenças baseado no medo, de o largar e substituir por um sistema de crenças fortes e alinhadas com aquilo que somos hoje (de modo a, por exemplo, fortificar o nosso sistema imunitário face aos inúmeros elementos/ fatores tóxicos como os que estão presentes no atual momentum da pandemia);

** É o momento de perceber que aquilo que criou as circunstâncias que estamos a experienciar agora em relação à pandemia tem a haver com a nossa relação com a Terra e a destruição que a humanidade criou nos muitos ecossistemas;

*** É o momento de agir de forma poderosa e positiva, atravessando processos com imaginação, criatividade e um amor positivo e poderoso por nós mesmos e pelos outros, permitindo-nos entrar em contacto com o nosso centro indestrutível, remover tudo aquilo que já não nos pertence e emergir do outro lado do 'olho da agulha' como novos seres, confiantes, sem medo.

Liberta-te para (o) Ser Presente
É possível identificar cinco passos neste poderoso processo de transformação. Convidamos todos a experimentá-los:

1. Perdoemos os outros
Ainda que muitas pessoas tenham transgredido contra nós e contra o mundo, precisamos de os perdoar a TODOS. A resistência já não funciona. Não funciona agarrarmo-nos ao passado. Não funciona estar à espera que alguém nos vá corrigir ou mudar. Não vale a pena esperar que os outros mudem. Não vale a pena esperar por pedidos de desculpas por aquilo que eles fizeram. Perdoemo-los a todos - independentemente do que nos fizeram. 

2. Perdoemos a nós próprios
Por nos termos posto em situações que permitiram experienciar a frustração, a raiva, o arrependimento, a tristeza.  Não nos agarremos a eles e larguemos. Perdoemo-nos a nós próprios completamente.

3. Paremos o fluxo condicional do passado
Comecemos a permitir a nós próprios não mais sermos informados pelo 'eu' do passado. Podemos aprender as lições do passado, não precisamos de continuamente ser alimentados por elas. Sejamos observadores do passado, não dele contínuos participantes. Larguemos reações, comportamentos negativos do passado.Larguemos a personalidade do passado que já não somos nós.

4. Abracemos o futuro emergente
Comecemos a informarmo-nos, não do passado, mas do nosso ser futuro, do futuro eu. Comecemos a imaginar, a visualizar essa versão do futuro eu. E sentir, pensar, comportarmo-nos como o futuro eu. Todos nós temos 'eu's futuros, que emergem a partir da perspetiva do espaço-tempo linear. O nosso 'ser completo' chama-nos através do alto entusiasmo, o primeiro 'voto de missão e compromisso' enunciado no início deste texto. Ancorem-nos no futuro eu.

Depois de perdoar a todos, a nós mesmos, largando a personalidade do passado e informando-nos a partir da versão do futuro eu, poderemos então viver no presente.

5. Permitamo-nos estar totalmente no Presente
E neste Tempo Presente. Ao viver mais no presente, o 'Eu Presente', o 'Eu Agora', experiencia o espaço-tempo de uma forma mais maleável, flexível, fluída.Ao viver mais no presente, aproximamo-nos mais da vibração que está em harmonia com a totalidade do nosso ser, do nosso espírito e agimos na terra dessa maneira. 

Esta é somente uma proposta, uma descrição daquilo que pode ser tão empoderador, livre, e alegre se nos libertarmos de tudo aquilo que nos ancora naquilo que já não somos. Perdoemos e sigamos em frente. Perdoemos e despojemo-nos. Perdoemos e sejamos livres.


Flui na tua essência como água
Atravessar todos estes processos pode ser algo mais ou menos fácil, dependendo das resistências que possam subsistir em nós. Sempre que houver dúvida ou opção, escolhe o caminho mais fluido, da menor resistência. Ele ser-te-á revelado por sincronicidades e coisas muito simples que poderás fazer sem esforço; que, além de serem a tua melhor prática espiritual, também te irão colocar no estado em que preferes estar.

Assim, seja o que for que escolhas fazer, se vem da verdade e não tem por base o medo, é uma forma de honrares o teu sistema de crenças e estares onde preferes estar, trabalhando com todas as soluções ao mesmo tempo.

Não queiramos voltar 'ao nosso normal', mas sim 'ao nosso natural', que é (co)existir em união; na diversidade, na diferença, na cooperação - afinal, fomos desenhados para colaborar!

Agarremos esta singular oportunidade para agir global e coletivamente, desenvolvendo-nos pessoal e individualmente. Indo fundo na nossa 'investigação interna' para descobrir quem realmente somos e no que verdadeiramente acreditamos - e assim nos mostrarmos ao mundo; e a partir daí operamos as mudanças, tomarmos as decisões, ganharmos discernimento.

Com gratidão e amor,
Gaia Risa



Gaia Risa é uma entidade espiritual nascida da água que se tem revelado entre nós de várias formas. O caminho para a encontrarmos tem sido curioso e muito intuitivo. Ela fala-nos a partir de um lugar de escuta profunda, atenção plena e expressão criativa, em lugares de natureza e em que a nossa natureza se permite, sem julgamentos, sem medo, acolher a energia pura e senciente do universo, através da qual nos chegam as suas mensagens, amorosas e cristalinas.

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