Co-Criar em Arte

(Imagem da primeira produção teatral da MIAU, 'Inscriptura' - ano 2000)

A MIAU surgiu no ano 2000, quando percebemos que o mundo ia acabar e queríamos deixar alguma coisa. Como não acabou, resolvemos continuar e em 2001 tornámos legal esta nossa relação em co-criação, que já tem, portanto, em nós, duas redondas décadas.

Claro que houve altos e baixos, momentos bons e maus, coisas que gostaríamos de repetir para sempre e outras de ter feito diferente. Mas honrar a estória é sempre importante. Aprender e construir sobre ela, mais ainda.

(Vídeo retrospetivo dos 20 anos da MIAU Companhia de Teatro)

Naturalmente, para nós, o associativismo é uma forma de ativismo. E o legado em 'estória feita', uma prova de paz. De que conseguimos construir a paz. Na base estão os nossos valores e princípios - que nos unem - e é por eles que lutamos e nos mantemos na nossa identidade.

Essa identidade vive em cada um de nós, nos nossos espaços e nas nossas iniciativas e criações. Coletivas. Mesmo quando individuais.

A arte é uma essencial forma de liberdade e para mantê-la assim é preciso ser muito ativista e lutar por ela constantemente.

(Spot vídeo de 'As Operárias' - 2015)

A co-criação em arte é um processo que nunca começa e nunca acaba: pegamos (na matéria objeto de criação) num ponto e largamos noutro. No permeio, exploramos, experimentamos, brincamos; moldamos aquilo e aquilo molda-nos. É uma relação.

Poucas 'regras' existirão entre nós nesse processo. Mas algumas são mesmo importantes. A ritualização do momento que convocamos; a sacralidade do espaço onde entramos e que seguramos uns aos outros; a verdade, transparência e nudez nossa no que propomos/ fazemos; e o respeito que nos esforçamos por manter uns com os outros (feito de silêncio, espaço/ tempo para integrar, humor e imprevisibilidade assertiva - fazer uma boa surpresa ou ter uma tirada apaziguadora, são exemplos).

(Spot vídeo de 'Efémera' - 2008)

Fomos, com a FAREDUCA, co-organizadores do EARTHfest nas suas três primeiras edições (2013, 2014 e 2015), acolhendo o festival aqui na nossa sede em Alcântara, Lisboa, o 'Espaço Alvito'.

Estávamos muito contentes de poder acolher agora novamente esta 8ª edição. Mas, dadas as impossibilidades que as circunstâncias ditaram, congratulamo-nos com a transição para o formato de edição e mantemos a porta aberta para uma eventual iniciativa futura.

Quanto a vocês, visitem-nos por ora em www.miau.org.pt e lá mais à frente na nossa sede. E entretanto aqui fica um bocadinho da nossa essência e alguma estória...

A MIAU


MIAU 2000-2020
Duas Décadas 'arranhar Cultura

Quem Somos
A MIAU Associação Cultural é uma associação sem fins lucrativos de âmbito artístico e sociocultural. Criada em 2000 e legalmente constituída desde 2001, tem como objetivos:

- Promover atividades de índole artística e sociocultural, nomeadamente nas áreas de teatro, dança, música, literatura, artes plásticas e audiovisuais;

- Proporcionar à comunidade o apoio ao desenvolvimento, apresentação e difusão de iniciativas tendo em vista a expressão das suas vontades;

- Divulgar a arte e a cultura no seio da comunidade, orientando os trabalhos da Associação para a prestação de serviços de índole artística e sociocultural.


Breve historial
Desde a sua génese que alberga a MIAU Companhia de Teatro, estrutura que ao longo destes 20 anos se tem mantido como principal eixo de atividade da Associação. Com a sede no Alvito, surgem também o MCTJ - MIAU Clube de Teatro Júnior e o MIAU MAIOR – Grupo de Teatro Sénior da MIAU.

Cumulativamente, a MIAU tem desenvolvido atividades e projetos noutras áreas, por iniciativa da Direção ou dos seus Sócios. Nomeadamente, tem apoiado a criação artística e produção/ difusão cultural nas áreas da literatura/ poesia (produzindo publicações periódicas, sessões de poesia e espetáculos de poesia musicada), da música (produzindo grupos e espectáculos musicais) e do desenho e pintura (promovendo grupos e encontros/ concursos de pintura).

Tem também promovido, em parceria:
- Cursos e ações de formação, como o “Curso de Formação de Atores” (em parceria com o IFICT);
- Encontros e outros eventos artísticos e culturais temáticos, como a festa “7PM – Sete Pecados Mortais” (resultando de uma parceria de estágio internacional), a “Noite Igual” (resultando de uma parceria com a EPHTL), o “EARTHfest – Festa da Terra” (edições 2013 a 2015 e 2020, em parceria com a FAREDUCA) e a “MOITAMOSTRA – Encontro d’Artes em Meio Rural” (desde 2010, em parceria com o GEIC); e
- Atividades para crianças e jovens, como a “Semear o Mundo” (em parceria com a FAREDUCA).

Tem ainda promovido iniciativas de carácter social, sendo, desde 2012, membro da “Rede Social de Lisboa”, do “Conselho Local de Ação Social de Lisboa” e da “Comissão Social da Freguesia de Alcântara” e tendo já desenvolvido iniciativas de formação e integração sociocomunitária, nomeadamente no âmbito da dinamização da sua sede.


A MIAU Companhia de Teatro
A MIAU Companhia de Teatro nasce como grupo informal em 1999 adotando, a partir de 2001, personalidade jurídica associada à MIAU Associação Cultural. Ao longo dos seu tempo de existência e atividade, promoveu as seguintes produções: 

- Inscriptura (1999-2000), que marca a estreia do grupo com uma incursão biográfica na ficção poética; 

- Vida Reina (2001-2002), comédia obscura nascida de um processo colectivo de pesquisa, reflexão e apropriação histórica; 

- Benjamim (2005-2006), que leva ao grupo o “teatro de objectos” e a cénica intimista dos espaços não convencionais; 

- Efémera (2007-2008), que proporciona ao grupo o contato com o “teatro do gesto” e o seu cruzamento com a banda desenhada (a banda mimada); 

- O Corpo Poético (2009), que amplia as possibilidades desta linguagem a um foco muito específico: a ciência/ investigação científica e os cientistas/ investigadores; 

- O Mundo, A Memória e Tudo Mais (2010), que culmina a primeira edição do Curso de Formação de Actores da MIAU, em parceria com o IFICT – Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral; 

- Tequila-Fado (2010-2011), que coloca o amor no cerne da encruzilhada luso-mexicana e o disputa à recriação fusional desse choque/ encontro cultural; 

- O Lugar (2011-2012), que fundeia na dramaturgia poética o mote dual “liberdade/ prisão”; 

- Vida Reina – Comeback (2012), reposição celebrativa do 10º aniversário desta produção; 

- V – a Viagem do Zé (2013-2014), no âmbito do projeto “Alvito para Todos”/ Programa BIP-ZIP 2013-2014; 

- (Na)Morada (2013-2014), criação para a inauguração da nova sede da MIAU A.C.; 

- Cicloideia – Ciclo de Performances na Cidade” (2014): ciclo de performances teatrais temáticas integradas nos eventos da Portugal Real®, promovidos na Freguesia da Misericórdia, em Lisboa; 

- Medley MIAU (2014): retrospectiva cronológica das produções da MIAU, em quadros que se interligam e fundem na progressiva construção da identidade e legado/ património da Companhia; 

- As Operárias (2014-2015), celebrando o 15º aniversário do grupo e tendo como mote criativo a “revisitação do passado emergente”; 

- Chão Nosso (2015-2016), criação site-specific ancorada em referências do teatro pós-dramático e estruturada como “viagem” no ciclo da vida; 

- Os Primitivos (2017-2018), ficção narrativa que explora factos e figuras atuais para criticar, num tempo futuro, o ‘sistema’ atual, explorando a interioridade e tempo psicológico; 

- Azul (2019-2020), teatro documental criado e interpretado pela atriz da MIAU, Filipa Santana, que investiga e recria o ‘herói de guerra’ (e seu pai) Capitão Janeiro Santana; e

- Histórias de Alcântara (em curso), celebrando o 20º aniversário do grupo e tendo como mote criativo a “descoberta do passado-presente-futuro”.


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